Olá!!!
Não sei qual das duas opções vai a frente, se as tretas que nos contamos e acreditamos ou aquelas que calamos e ocultamos, duas irmãs que vão de mãos dadas.
Que tanto haverá de verdadeiro ou de mentira nessas tretas que fabricamos?
– «Os homens se assustam perante uma mulher independente e auto-suficiente»
– «Estar só é o preço a pagar pela minha independência e liberdade»
– «Os homens as preferem burras»
– «Melhor ficar só, que mal-acompanhada, vou e venho ao meu entender, não me chateio com ninguém a querer controlar a minha vida, sou Livre»
– «Todos os homens são iguais»
– «O homem que eu quero não existe, não há homem perfeito»
– «Os homens não se querem comprometer eles só querem saber de sexo»
– «Estou melhor assim, dá muito trabalho aturar aos homens, não quero saber, tenho os meus filhos e sou feliz assim» …
– «Já estou a muito tempo só, já me acostumei, e muito difícil adaptar-me a partilhar com outra pessoa» etcccccc….
Já deves ter ouvido frases como estas o algo do género muito parecido ou que vão a dar o mesmo.
Ora bem o desafio é podermos responder a UMA das seguintes questões com honestidade
1-Que ocorreria se invertêssemos estas asseverações, e começaremos a falar em Primeira Pessoa?
2-Ate que ponto essas “frases” honram e afirmam a nossa autoconfiança, autosuficiência, independência, liberdade?
Ou pelo contrário ate que ponto são mascaras que encobrem o que não te atreves a disser ou não te permites admitir?
Usamos inúmeras mascaras…
.-Aquela que esconde a nossa Solidão de um Companheiro
.-Aquela que se nega a mostrar-se tal e como é, que não se atreve a falar das suas fantasias, dos seus sonhos, pelo medo de ser rejeitada, abandonada, pelo que vão disser, pensar os outros
.-Aquela que se nega a aceitar a necessidade e urgência que sente de esse companheiro.
.-Aquela que esconde a frustração, o medo abrir-se, de voltar a começar e sofrer novamente.
.-Aquela que justifica à desconfiança, descrença, procrastinação, na resignação, conformismo e falta de ousadia e/ou determinação para lutar por aquilo que quer.
.-Aquela que se nega a soltar a lista de expectativas que tem em relação a ele, por tanto controla, manipula, caindo muitas vezes na chantagem emocional, mais do que para conseguir o que quer, para ocultar a sua suposta debilidade e/ou fragilidade?
.-Aquela que nega o próprio desejo da sua sexualidade, servindo-se dele tanto para conquistar ou reter a esse alguém, como para satisfazer ao outro e não a si, sabendo de antemão que não vai gostar do seu reflexo no espelho,
.- Aquela que vai de compensação em compensação oscilando entre Joana de Arco e Madona, com tal de não encarar, acordar e começar realmente a fazer por si.
.-Aquela que termina convertendo-nos em vitima e depredador de nos próprias…no fundo uma forma de auto-castigo por acreditar que somos algo que não somos.
Ate que ponto nos permitimos explorar verdadeiramente a liberdade nos nossos relacionamentos?
Terá isto algo haver com o facto de as crianças adorarem brincar as escondidas?? ….
Pergunta a qualquer pessoa que tenha paixão por explorar, descobrir e criar, seguramente te responderá que isso é uma verdadeira dádiva dentro do processo da Vida.
É verdade que há ocasiões em que é seguro tocar e outras em que é preciso tomar certas precauções para poderes preservar a tua individualidade, que em momento algum deve ver-se sacrificada
Mas o que realmente ocorre é, que te sacrificas mesmo com todas as barreiras de protecção que erigimos, (consciente ou inconscientemente), terminando por atrair aquilo que mais tememos: SOFRER
A dicotomia é que tanto por aceitação, como por oposição ou resistência, acabamos em mais do mesmo, que já não queremos, o impacto disto na nossa vida é óbvio.
Continuar neste registo nos priva do sentido e significado da própria vida e dos relacionamentos. Consegues perceber a derradeira importância de uma mudança que se evidencia a si própria e é necessária?
Então eu me pergunto e te pergunto a ti
Será que de verdade queremos mudar a nossa vida? De verdade queremos que essa pessoa chegue? Desfrutar de relações plenas, saudáveis?
Se assim fosse; não estarias a fazer por isso ?
Que justificação teriam então todas as frases decretadas por a grande maioria de nós, referenciadas ao inicio deste mail? Que as sustentaria verdadeiramente?
Um grande abraço com afeto.
Marysol
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