A.C é uma mulher com 27 anos, que um bom dia decidiu dar um passo a frente, assim começou a sua caminhada, a procura do que HOJE virou a maior descoberta da sua vida… Quem era ela
«A.C.- Tudo que tenho descoberto, tudo que tenho vivido, não tem sido nada fácil, mas fascinante. O caminho por vezes parece surreal, parece que não é meu, às vezes é como se eu não estivesse aqui, como se eu não me reconhecesse, como se não fosse eu. Acho que é esse meu medo, que já não é pânico, de olhar para mim.»
Literalmente tenta imaginar, um dia em que estas farta do jeito em que a tua vida esta, de não saberes já para onde te hás de virar, já fizeste tudo o que sabias, da melhor forma que sabias …e nada te satisfaz.
Continuas a procurar mesmo sem ter a certeza de que estas a procura, no teu íntimo há como uma sede… Gula, que não consegues saciar.
Te apercebes de uma ansiedade em crescendo que se manifesta num cansaço físico que uma noite de sono ou algum descanso não faz desaparecer. Vezes das por ti a olhar para lado nenhum como suspendida no tempo.
A ansiedade e o estreasse aumentam, a adrenalina mental te leva a elevados níveis de exigência, performance, que geram mais angústia e mais estreasse… sem rumo, nem direcção, como dando tiros no escuro.
Não consegues perceber e/ou mudar as coisas, a tua volta tudo parece estar a colapsar, do nada podes estar metida numa discussão sem tom nem som, das por ti a ter comportamentos ou respostas agressivas ou exageradas fora do contexto e a sós te perguntas, mas como? Porque agi desta maneira por algo tão estúpido ou insignificante?
Sentes aflorar uma mistura de sentimentos que deambulam entre a raiva, culpa, vergonha, frustração, desilusão, medo de olhar para tudo isso, abanas a cabeça em sinal de negação, pegas no carro e vais dar uma volta, ou no cigarro, ou fazer qualquer outra coisa, com tal de fugir desses sentimentos, que te assustam e com os quais não sabes que fazer.
A tua volta tudo o que era, é; está a cair como um castelo de naipes, e tu não consegues evitar (assim como o comercial na TV) dói ate fartar.
Imagina que nesse momento chega alguém a tua beira e te diz, você ganhou uma viagem com tudo incluído, sem tempo limitado a um lugar completamente desconhecido, com alguém que te é completamente estranho, alheio, alguém que nunca viste antes…Olhas para o bilhete, olhas para atrás… voltas a olhar para a frente para o bilhete com uma estranha e profunda certeza de que vale mais embarcar nessa viagem mesmo sem saber a onde te vai levar, que continuar onde estas…
Quantas vezes já te sentistes assim?
Quais são as probabilidades de embarcares nessa viagem?
Quando já não aguentamos mais a dor, quando a nossa mente está debilitada, já sem mais forças para continuar a lutar, quando o nosso coração está de joelhos, esse justo momento em que; pensando que te resignas quando na verdade te entregas …justo ai nesse instante é quando essa dor que tanto dói se transforma na dor que muda e cura…nesse breve instante quando a dor parece atingir o seu clímax, uma porta se abre.
São como pequenos flash de consciência, de clareza, de estranha certeza que mostram o rumo a seguir, despertando em nos uma força, coragem e determinação sem igual que passa a ser muito maior que o pânico do desconhecido, da incerteza, se transforma na alavanca, no trampolim que nos impulsiona para irmos em frente, a uma mudança, a uma verdadeira e significativa transformação, tornando cada vez maior o desejo de ENCONTRAR-TE contigo própria, de saberes quem és realmente DENTRO.
Já te aconteceu passar por um espelho, olhar o teu reflexo nele e ter a sensação de que algo esta diferente e não consegues perceber o que é?…como se te estivesses a olhar pela primeira vez?
A mim já; e percebi que quando isso me passava, o que estava a acontecer é que estava mesmo a olhar para aquela “outra” que vive em mim e que também sou Eu, mas era uma completa desconhecida para mim, não passava confiança nenhuma, não era digna da minha atenção nem disponibilidade, por tanto não tinha hipóteses de se acercar sequer a disser o que fosse e muito menos de eu a ouvir.
Dificilmente a deixava sair cá para fora, nem pensar ela era a culpada de eu ter de usar montes de disfarces e mascaras para que ninguém reparasse nela, isso estava fora de questão. Ela era a causante de todos os meus problemas, de todo o meu caos. Tinha de a proteger ate de si própria.
Não a conhecia, mas a sua imagem me perseguia como uma assombração; o meu maior medo, o meu maior segredo totalmente oculto, confinado para que ninguém a visse e se viam eu me encarregava de maquilhar a perfeição toda a suas imperfeições.
Não a deixava falar, nem chorar, pouco me importava julga-la, criticar-la, apontar-lhe todos os defeitos e mais alguns.
Eu era a vítima e ela a usurpadora a predadora que tinha roubado o meu lugar nesta vida, o meu direito de existir.
Que ironia, não é? A final quem roubou a quem?
Quem era a vítima e quem o predador? Quem estava a comer as bolachas de quem?
Que não te dêem os 50 sem olhar e conhecer a essa desconhecida que mora em ti, a essa que é a ÚNICA detentora de todo o Poder para mudar e transformar a tua Vida na vida que mereces e queres viver.
Que não te dêem os 50 sem dar-lhe a mão a essa desconhecida, abraçar-lha, acarinhar-lha, mimaram-lha, sarar as suas feridas, ouvi-la, amar-lha, respeitar-lha, valorar-lha ate seres e cresceres UMA com ela…
Que não te dêem os 50 tirando lê mais anos a tua Vida, perdoa e aceita a tua humanidade, o orgulho, o controle, a inveja, a arrogância, o tem de ser no teu tempo, no fundo muito medo, todos somos isso, mas não somos só isso… Isso que tanto rejeitas é o que te traz a este hoje, onde te podes recriar COMPLETA…faz-te a um lado não resistas, flui, dá-lhe vida a cada ano.
Que não te dêem os 50 sem te escolheres a ti, por medo a perder a aprovação, a validação e ate o amor dos outros, as vezes é preciso que alguém saia para que entrem novas possibilidades. Não perdes, realmente transformas relações dolorosas ate, em dádivas que apoiam o teu crescimento em todas as áreas da tua vida.
Que não te dêem os 50 sem conhecer a ÚNICA que te pode dar TUDO o que queres ser, ter e fazer, com a bonificação dos melhores tesouros que possas imaginar querer possuir nesta e em qualquer outra vida.
Que não te dêem os 50 sem te Completares e experienciar a verdadeiramente a única e real liberdade…
Que não te dêem os 50 sem ser a protagonista da tua história, reescrevendo a tua própria Bíblia…
Que não te dêem os 50 com a certeza e segurança que oferece a carência, por não acolher a fé da tua inocência e oportunidades maravilhosas que só chegam quando integras a sabedoria da incerteza que possui essa tua desconhecida.
Que não te dêem os 50 sem sair da tua zona de conforto, sem desafiares os teus limites, paralisada no tempo…porque aí nada mais pode crescer.
Que não te dêem os 50 a pensar que já e tarde e não tens mais idade. Atingistes a maturidade que sabe priorizar e valorar a suas reais necessidades.
Que não te dêem os 50 sem procurar as ajudas certas para ti e tentares começares finalmente a viver PLENAMENTE a tua VIDA, honrando esse ser maravilhoso que tu és.
Que não te dêem os 50 sem saberes que Não necessitas um parceiro e/ou companheiro, ANTES SIM que QUERES um parceiro, e que isto é algo que se constrói.
Que não te dêem os 50 sem construíres esse lugar onde te encontras com a pessoa amada, um lugar que TU preparas para que esse amor aconteça.
Que não te dêem os 50 sem te ocupares e fazeres por isto…
Grata
Marysol Camacho.
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