Goles de Portugal …!!!
–Portugal é o campeão dos divórcios na Europa, de acordo com dados estatísticos pela PORDATA, da Fundação Francisco Manuel Santos (2017), por cada 100 casamentos, 70 acabam em divórcios.
– APAV: O índice que mais me apavorou é o relativo a VIOLENCIA CONTINUADA 80% na maioria das situações, na media de 2 e os 6 anos de violência DIARIA. (Estatísticas de Violência domestica contra as Mulheres: agressão física e psicológica. 2013-2016)
– (1er semestre 2016), central de atendimento a Mulher: 67.962 atendimentos realizados. -29.619 processos de apoio que se traduziram em 71.098 factos criminosos. -85,56 % vitimas (sexo F).-Relação da vitima com o autor do crime: 34,2 conjugue. Companheiro 15,6%, outros: 19,7%. –65% dos crimes ocorrem na residência comum…31,1 % residência da vitima…é mesmo assustador)
–SAÚDE: Um terço da população já sofre de ansiedade e depressão.
–BULLYING: (https://www.jn.pt/…/) Portugal teve mais relatos de Bullying na Europa ficando a frente dos EUA …
-TRABALHO: Comportamentos intimidantes, eticamente repreensíveis, de desconsideração ou desrespeito individual que afetam a autoestima, autoconfiança, onde se compromete a capacidade de enfrentar desafios e promover condições de desenvolvimento pessoal.
(Qualquer pessoa pode aceder a esta informação, basta pesquisar no Google)
A final não somos bons só no futebol…
Realmente estes factos são alarmantes…O meu apelo aqui é para a reflexão: Todos estes cenários evidenciam relações interpessoais tóxicas, nocivas e disfuncionais, em diferentes contextos, sem exceção.
Muitas vezes olhamos para estas situações como se fossem uma realidade totalmente exterior a nós, que nos exclui…. como se não nos pudesse passar a nos…” ate que nos passa.”
Estar de um lado ou do outro é de facto uma linha divisória muito ténue… Que garante essa tal imunidade??
Que podemos fazer para NÃO contribuir com estas estatísticas inicias e não só….
O nosso inconsciente associa a palavra violência com agressão física, no entanto a violência tem um âmbito muito mais abrangente que compreende a agressão física, emocional, psicológica, sexual e económica.
Uma estratégia extremamente importante é uma Observação Consciente manter-te alerta a SUBTILIDADE do caso e/ou situação, dos comportamentos tóxicos “socialmente aceitáveis”, “fachadas”, que passam por debaixo da mesa e a porta fechada porque; o denominador é comum… em ambos os casos, é alguém está a ser sacrificado sempre.
As vitimas de Violência domestica inicialmente acharam que a relação era perfeita, gostavam muito um do outro, se davam bem “aparentemente”, digo aparentemente porque na maioria das vezes, há muitos sinais que se observam inicialmente e no transcurso da relação, que nas mulheres por inúmeras razões temos a tendência de justificar e passar por alto…mas isto corresponde a outro tema.
Alguns sinais de relações disfuncionais, tóxicas no âmbito das relações afetivo amoroso e familiar.
-. Casais que superficialmente parecem felizes, mas no fundo não há conexão, companheirismo, cumplicidade, amizade…amor. Essa pessoa é alguém com quem possas rir, chorar, com quem desejas crescer mutuamente, partilhando objetivos e ambições?
-. Sensação de que há qualquer coisa de errado contigo? Que os teus esforços não são valorizados?
-. Falta de comunicação sobre questões mais complicadas que devem ser tratadas, exacerbou o medo, desconforto ao conflito e a tua dependência dele?
-. Sentimento de vazio, solidão, desmotivação, ataques de ansiedade e depressão, frustração, isolamento das amizades, família, explosões de agressividade…
-. Perda de confiança e intimidade, mais parecem colegas de quarto do que parceiros?
-. Monotonia, Rotina, Acomodação, falta de entusiasmo e de programas a dois…. Criticas, apontar sempre o dedo ao outro para provar o seu ponto de vista…
-. Padrões negativos que se repetem uma e outra vez?
-. Mudanças no comportamento dos filhos…baixa no rendimento escolar, rebeldia, agressividade, isolados…
-. Rendimento profissional e/ou laboral baixo, com complicações…
-. Dificuldade em sentir empatia, impulsividade, manipulação, egocentrismo, excesso de controle etc.
-. Uma relação desgastada é o caldo de cultivo perfeito, para que seja muito atrativa a ideia, de outras pessoas e novas relações…o que piora ainda mais o cenário.
Se te identificastes com algum dos itens anteriores, atenção…são potencias indicadores de estares em relacionamentos tóxicos.
O relacionamento interpessoal tem haver com a aptidão que temos para nos relacionar com os outros, esta é desenvolvida a traves da nossa aptidão para relacionar-nos com nos próprios, com os nossos sentimentos e emoções, o que vai determinar como agimos quando somos confrontados com situações no nosso dia a dia; por tanto uma boa relação intrapessoal deveria ser a priori a uma relação interpessoal saudável e gratificante. Para tal efeito devemos exercitar o autoconhecimento, autoafirmação, Auto motivação, autodomínio ou autoindependência.
Que estamos a fazer para contribuir com estes índices estatísticos…
Problemas todos temos, mas não é o problema o que te define, o que nos define e diferencia é o que FAZEMOS em relação a isso. Deixar andar, fazer de conta que tudo esta bem, manter acordos que já caducaram pelos nossos condicionamentos e etiquetas socias etc.…só vai prolongar e estender e agravar o problema…Não funciona de TODO…mais tarde ou mais cedo a fatura chega…
Já te perguntastes sê há algo que TU possas efetivamente fazer para mudar esta situação? Imagina por um momento que a solução dependesse exclusivamente de ti, que está nas tuas mãos…
Permite-te alguns minutos para responder-te estas perguntas:
Qual seria a solução? Que farias? Realmente o farias? Como te sentirias?
Seja qual for a tua resposta (a solução depende de ti ou não depende de ti): Questiona-te e constata se a resposta que te dês a ti própria te deixa tranquila, em paz e harmonia…
Esta atenta se no momento em que estas a fazer o exercício procuras distrair a tua atenção para outras coisas. Exemplo: procuras comida, fumar, sair, compensar com outras coisas…etc.
Estamos todos interligados de uma ou de outra forma, é urgente acordar, sair do automático para uma auto-observação consciente, assumir a nossa quota parte com responsabilidade, num problema que É DE TODOS, hoje podes não ser tu… amanhã quem sabe … e por vezes quando não somos diligentes o suficiente, podemos colocar em risco não só o nosso bem-estar integral, como também o bem-estar de quem mais amamos.
Que estas a fazer tu???
Grata
Marysol Camacho
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