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EU, TU E OS OUTROS, RELAÇÕES ABERTAS FUNCIONAM?

Uma vez que algumas das pessoas que acompanham o meu trabalho pediram para falar deste tema, decidi criar este artigo, o qual abordo desde duas ópticas, devido às múltiplas matizes que o envolvem.

Parte I –  SERÁ QUE AS RELAÇÕES ABERTAS FUNCIONAM?  

Depende única e exclusivamente de ti…. Pois!!!

Nos dias que correm, principalmente, em momentos de aperto, de crise, em que tudo está a ser posto em causa, sobretudo ao nível de relacionamentos amorosos, as relações abertas tem vindo a cobrar vigor, (seja qual for o género), vistas como uma tábua de salvação.

Relações Abertas por definição são aquelas onde os parceiros, tem liberdade de estar sexualmente com outras pessoas, (não há exclusividade sexual, mas sim de afecto). Poliamor: não há exclusividade de afectos, se pode amar a diversas pessoas. Swing troca de casais.

Como todos sabemos a monogamia, sobressai, como norma socialmente aceite. A poligamia, poliamor, swing, relações abertas, a homossexualidade, são olhados com desconfiança e promiscuidade, mas isto não impede que exista ou que seja a prática aceitável é salutar para alguns.  A questão aqui não é julgar, mas sim perguntar-nos porque uma sim é aceitável socialmente, incontestável e inquestionável e a outra totalmente rejeitada, discriminada, repudiada e reprovável?  Quando se calhar a pratica é a de maior percentagem.

Com esta pergunta não estou a tomar partido por umas ou outras formas de nos relacionar, mas sim quero chamar a tua atenção, para o facto de que nem sempre o “socialmente aceitável” para alguns, ou para maioria, não se aplica a todos, nem sempre é aceitável, mesmo para aqueles que aceitam, e o facto de ignorar, discriminar, rejeitar, julgar isto, pode afetar seriamente o desenvolvimento pessoal, criar bloqueios e muito sofrimento nas pessoas “socialmente não aceitáveis”.

Em todos estes conceitos, a sociedade joga um papel protagonista, a religião e crenças culturais, os valores, assim como a forma em que fomos educados e criados. A sociedade nos diz que desejos podes ou não ter,  quais são bons e quais são maus, quando e como podes satisfazer o teu desejo, quando eu posso ser desejado pelo outro, com a condição sine qua non de que seja socialmente aceitável. Crescemos e nos tornamos adultos autómatas, grande parte das vezes sem questionar “Aquilo que é aceitável socialmente” em detrimento dos nossos verdadeiros desejos, reprimidos e até desconhecidos por nós mesmos, cheios de culpa, sofrendo muitas vezes em silêncio, frustrados, ressentidos, com raiva, só para sermos amados, desejados, aceites e respeitados. Temos tanto medo de desejar o que desejamos, de ser aquilo que desejamos e manifestá-lo que ficamos a viver o tempo todo a ser aquilo que não desejamos.

Maud Mannoni reconhecida psicanalista francesa dizia que: “O maior desejo, o mais profundo desejo do ser humano é ser desejado pelo outro”. Isto me leva a pensar que o nosso maior medo seria então, deixar de ser o objeto do desejo do outro? Que passa quando o desejo gerado pelo nosso medo se concretiza? …pois, vamos à procura de um outro desejo.

É momento de refletir, de questionar. Viver consoante a sociedade mesmo que isso implique o teu sacrifício, ou consoante a acordos que não te dizem nada, ou ser monógamo ou viver relações abertas, o que importa realmente?

Qual é o teu verdadeiro desejo?  Até que ponto o teu desejo está restrito? És refém dos desejos dos outros? Até que ponto te relacionas em função daquilo que a sociedade espera de ti, e não desde o que realmente desejas viver? Até que ponto te sentes culpada(o) por desejar o que desejas?

Se requer muita maturidade emocional, coragem, muita clareza e honestidade, da tua parte para aceitar a própria natureza, inclinações e desejos.  Uma coisa é seres quem és ou teres o direito de escolher como queres viver as tuas relações, e outra muito diferente é arrastar ou induzir a outros em erro, a seguir uma máscara, afinal de contas alguém que não é real. Convém assumi-lo perante o outro, embora choque ou não, com o modelo social, e se abanem alguns conceitos.

Sei que não é fácil, há dor e sofrimento, mas também há libertação, a recompensa de fazermos este trabalho, comprometendo-nos com nós próprios em primeiro lugar não tem preço, nada compensa ser quem és.

Espero que tenhas gostado deste conteúdo que criei para ti e que tu escolheste. Estou aqui para ti, para te apoiar, passo a passo no teu momento, ao teu tempo.

De que estás a espera?  Que te está a impedir de dar um passo firme para construíres a tua felicidade? Que mais estás disposto a sacrificar/abdicar para Viver os teus desejos ? 

EU, TU E OS OUTROS. RELAÇÕES ABERTAS FUNCIONAM?

 

PARTE II –A MONOGAMIA É GARANTIA DA EXCLUSIVIDADE E/OU FIDELIDADE?  

O mundo dos relacionamentos é muito profundo e maravilhosamente gratificante quando percebes o seu propósito. Seja qual for a tua dinâmica no relacionamento, é vital uma introspecção autentica e comunicação honesta e assertiva.

Penso que na primeira parte, fica claro que a primeira coisa a fazer é começar a questionar e desmitificar, muitos conceitos que ate agora defendemos o julgamos, de forma autómata, sem um análises prévio com consciência, para podermos determinar nada mais e nada menos qual é o nosso desejo real, autentico e genuíno, não para mudar o desejo do outro, mas sim para mudar a tua vida dando-lhe um significado real, um sentido que te faça feliz, te preencha, e cada dia possas ser cativada por um enorme sentimento de motivação e gratidão.

É importante que comuniques ao outro qual é a tua natureza, as tuas paixões, os teus desejos e inclinações, não esperes que o teu parceiro consiga ler os teus desejos e pensamentos:

É vital começarmos a falar em primeira pessoa, assumir o que somos, como somos, e como queremos viver o que somos. Sabermos realmente que motivos nos regem e nos levam a fazer as escolhas que fazemos., trate-se da dinâmica relacional da que se trate.

Já chega de culpabilizar aos outros, pais, amigos, filhos, sociedade, religião. Esta culpa tem prazo de validade. Já somos adultos, nos toca, com a quantidade de informação da qual dispomos, fazer por nos, e reescrever as nossas vidas com as nossas verdades, uns ficaram, e te apoiaram no caminho, outros se iram para seguirem um caminho diferente, seja qual seja a escolha de cada um, será em definitiva a perfeita para cada um.

Partindo de esta ideia sé estas em uma relação aberta, o praticas o poliamor o swing, ou qualquer outra modalidade de relacionar-te só te faria umas perguntas: Todos os extremos são facas de duplo gume, se só consegues relacionar-te de esta forma, poderias considerar, se uma parte de ti foge do compromisso? Ou da exclusividade?  e sé assim é, porque? Haverá uma parte em ti onde o compromisso passou a significar prisão?  De ser assim qual é a prisão da qual te queres libertar? Sé esta forma de relacionar-te está a cobrir o substituir uma dependência e/o carência? Qual seria?

Sé as tuas respostas são negativas então parabéns por assumires quem és, e viver feliz e pleno a vida que queres.

“Uma pessoa muita sábia me disse-me uma vez, Mary, as diferenças são para celebrar-lhas” e concordo plenamente com ela.

Outro grupo de pessoas logra a plenitude e satisfação numa relação baseada na monogamia, fidelidade e exclusividade, há quem consegue manter relações fantásticas.

O problema surge quando um ou os dois não estão a ser honestos com o outro, e um o ou o outro os ambos, rompem as regras estabelecidas para o bom funcionamento e desenvolvimento da relação.  Quando as uniões surgem como a consequência normal de convenções sociais e o famoso dever ser, e não das convicções e valores únicos e individuais de cada um dos envolvidos.  Muitos de nos seguimos o conto da meia laranja, e corremos a nossa vidas atras da outra metade que nos completasse e nos fizesse felices.

Então aí começam as faturas emocionas, os ciúmes, a possessividade, as criticas, julgamentos, culpas, traídos e traidores, o deterioro e menoscabo da relação, uma toxicidade a qual poucos sobrevivem.

As relações abertas, surgem nestes casos, como escape, como um desligar, como vingança do outro, como compensação, como resposta a frustração, a raiva, a culpabilidade, porque a oportunidade se apresentou, por qualquer razão começa um jogo, do qual muitas vezes é muito difícil sair ileso.

Um ou os 2 começam a acumular sentimentos de apatia, indiferença insegurança, baixa autoestima, nos questionamos sé nos falta algo? Sé a outra tem algo que a nós nos falta? Cedemos por medo a perder o que temos, mesmo que isso nos mate aos poucos, negociamos o amor por nos mesmos em prol de salvar e não soltar, se endoidece com os ciúmes.

Entramos em trios amorosos, onde os “4 são felizes”, vidas duplas, vidas escondidas, alguns vivem de aparências, da porta para fora o casal feliz e perfeito, e da porta para dentro o inferno, acreditamos em todas as promessas, nos sujeitamos aos horários e tempo do outro aceitando migalhas, pedindo aos céus que pronto deixe a outra e fique com nos, vivemos com uma desconfiança tremenda, nos sentimos enganadas, traídas por termos deixado de ser o objeto do desejo do outro, e somos capasses de fazer e justificar  qualquer coisa para recuperar-lho, mesmo que isso signifique sacrificar a tua dignidade, auto-respeito e valia, por medo a ficar só, por não saber como lidar com a solidão, medo de romper com acordos e convenções, que já deixaram de ter vigência. Medo de sermos, atraímos pessoas indisponíveis, repetimos o mesmo padrão montes de vezes, nos viciamos em encontros virtuais, com tal de satisfazer o nosso vazio, o mesmo em qualquer outro tipo de compensações, para fugirmos a dor que nos devasta dentro e a esse medo que nos assola…e o vazio, e vezes ate a vergonha interior é insuportável, a dor nos desgarra …pois não é nada fácil lidar com tudo isto.

Qual é o propósito de uma relação para ti? Que esperas de uma relação ? Como entras numa relação? Que estas disposta a Dar e a Receber? Quais são os teus limites ?

Penso que há um ponto nas nossas vidas em que o cansaço de correr atrás de XXX é tanto, um ponto em que já ouvimos tantos contos que já abrimos quase a segunda livraria, que já dissemos basta, CHEGA, tem de haver um outro caminho, não posso seguir atrás de compensações que me deixam cada vez mais e mais vazia, na descrença, e insatisfação.

Esse momento é agora, aqui, no presente, esse momento é aquele momento certo em que começas a ouvir a tua voz interior, a guiar-te para ires dentro de ti, já nada fora te satisfaz nem preenche, as respostas estão dentro de ti.

Espero que tenhas gostado deste artigo que preparei para ti, Se sentes que te inspira a mudar JÁ a tua vida, para começares a viver a vida que desejas para ti, clica no link mais abaixo, e acede a uma sessão gratuita de Eneacoaching transformacional comigo, criadora do Programa Liberta-te das Relações Tóxicas.

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Se sentes que ainda não estas preparada para esta mudança na tua vida, partilha com conhecidos e amigos que consideres estão a viver este tipo de situações, a quem esse conteúdo pode ajudar,

Grata

Abraço com afeto

Marysol Camacho

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