Todo processo de transformação pessoal, ate a própria palavra “transformação” tem um impacto em nos, assustador, intimidativo ate. Inconscientemente intuímos que é doloroso, (sem saber ao certo como?).
A verdade mais intima é que a sensação de proximidade a dor nos aterra, instintivamente a primeira reacção é fugir, abanar a cabeça freneticamente em sinal de negação. A resistência vai ganhando forma, ate converter-se num poderoso escudo de protecção, uma parede enorme que erigimos no que nos parece um instante, e não é… esta parede está a ser construída e sustentada por nos há muitos anos, sendo apenas crianças. A cada pessoa, a cada evento o circunstancia, situação, experiências e vivências particular e especifica para cada um de nos, criamos estratégias de evasão perfeitas, sincronizadas no tempo e no espaço que viessem garantir a nossa subsistência em todos os momentos “críticos” da nossa vida, “a tal PAREDE”. Esta parede, tem a função de justificar e argumentar cada uma das nossas reacções e estágios emocionais e mentais, assim como a nossa fuga.
No entanto o Ser que somos, com todas as máscaras que temos, como bem retrata o escritor Fernando Pessoa nas suas famosas obras, o melhor ainda o estereótipo que lhe foi dado: “Personalidade Bipolar” poderia assimilar-se a estas nossas máscaras, o como Jung refere “os famosos Arquétipos”.
Dentro de todas essas mascaras há uma única e especial, sim Única e especial, aquela que nos protege de nos próprios, aquela voz que ressoa no nosso intimo a disser, a fazer a atrair para nos, para nossa realidade imediata, exactamente aquilo que precisamos para crescer e relembrar a nossa essência, uma essência despida de etiquetas, de falsas crenças, conceitos e princípios, pura, e com pura, não me refiro a ingenuidade…é muito mais do que isso, capaz de derrubar esses muros que construímos a nossa volta unicamente com a sua presença, tao grande é o seu poder…
Hoje em dia questiono-me e dou por mim a perguntar:
Que é o que mais nos assusta? Olhar a nossa “miséria” ó pelo contrario, dar de caras com a nossa Grandeza?
Podemos continuar a fugir, o podemos questionar e escolher agir, podemos escolher simplesmente pedir ajuda. A Escolha está em cada um de nos.
Partilho com vocês hoje uma frase de uma mãe desfeita em pranto, na perda de um filho compreende-o que o seu breve passo na sua vida, foi para lhe recordar que devia lutar pela sua própria Vida”
E tu: Lutas pela tua?
Add Comment